HISTÓRIA DO HAPKIDO . O SIGNIFICADO DA ÁGUIA NO HAPKIDO

Os três reinos

A arte marcial coreana nasceu em um período em que a península coreana era dividida em três reinos, este período é considerado um dos mais importantes de sua história, pois este precedeu a unificação da mesma em uma nação.

Os reinos de Silla localizado a sudeste, Koguryo ao norte e Baek Je à sudoeste, lutaram entre si durante séculos pelo controle da bacia do Rio Han, pois este era a principal via de comércio com a China, então aquele que obtivesse o controle sobre a bacia obteria hegemonia na península. O reino de Koguryo era aliado da China, que vivia sob a dinastia Tang, e isto o tornava cada vez mais forte frente aos outros reinos. Esta superioridade de Koguryo ameaçava estes reinos, e o perigo se tornava iminente à medida que cresciam as invasões de Koguryo principalmente sobre o Reino de Silla.

O Rei de Silla, Chin Heung, sentindo-se acuado resolveu defender o seu povo, e para isto convocou os jovens da aristocracia a formarem um grupo de elite sob o comando do General Kim Yum Shim. Estes jovens seriam Treinados sob uma rígida disciplina militar e tendo a pátria como mãe, com o objetivo de tornarem-se os senhores da guerra, este grupo recebeu o nome de HWARANG (Jovens Guerreiros).

O treinamento a que eram submetidos era árduo e impiedoso, forjando-lhes o caráter das tarefas mais difíceis. O rei também impôs a eles um código de honra rígido, para que tivessem disciplina e não se tornassem assassinos. Os princípios desse código de honra deram origem a sua filosofia.

Seus princípios eram:

1. Lealdade ao Rei;
2. Obediência aos Pais;
3. Lealdade para com os amigos;
4. Nunca recuar perante o inimigo;
5. Só matar quando não houver alternativa.

Estes princípios deram-lhes sabedoria. Surgia ai o Hwarang Do (Caminho do Jovem Guerreiro). Os jovens do Hwarang Do treinavam as técnicas de diversas lutas com as mãos livres, como o Su Bak e o Tae Kyon (que significa chutar pulando), além de dominarem o manejo de várias armas (arco e flecha, bastão, faca e lança).

A bravura e a devoção destes jovens tornou-se o sinônimo do ideal de um povo, simbologia que permanece até os dias atuais. A convicção destes jovens, aliada à sua disciplina e organização teve como resultado a gradativa hegemonia do Reino de Silla sobre os reinos oponentes, esta hegemonia se concretizou no ano de 670 d.C., quando os Reinos de Koguryo e Baek Je foram unificados sob a Bandeira de Silla, na cidade de Surabul e sendo Kim Yum Shim o seu fundador.
Após está época até o inicio do século XX as artes marciais, se desenvolveram na Coréia, pois este país desenvolveu-se sem qualquer influência estrangeira durante séculos.

Invasão Japonesa

Em 1909 o Japão invadiu o país, suprimindo todas as manifestações culturais do povo coreano, inclusive e especialmente as artes marciais, já que seta tinha um cunho especialmente nacionalista. A ocupação japonesa durou até 1945 quando o fim da II Guerra mundial contribuiu para o fim desta ocupação.

Young Sool Choi

Young Sool Choi nasceu em 1904, na província de Chung Buk, na Coréia. Órfão e muito pobre, aos nove anos foi levado para o Japão por um casal de japoneses sem filhos, seu nome foi mudado para Asao Yoshida. A tentativa de educação não foi bem sucedida porque Yoshida (Choi) não falava Japonês o suficiente para entender os professores. Ele ficou desinteressado pelos trabalhos da escola, garoto problemático foi deixado em um templo em Osaka. Ele permaneceu no templo por aproximadamente dois anos sob os cuidados monge Kintaro. O monge acabou por enviar o jovem de onze anos para o famoso Mestre Sokaku Takeda do Daito-Ryu Aikijutsu. Afirma-se que ele foi adotado pelo Mestre Takeda com o nome de Asao Yoshida. Muitos pesquisadores afirmam que Mestre Choi ficou sob a tutela de Mestre Takeda por aproximadamente 30 anos, tendo participado das inúmeras viagens e seminários daquele Mestre.

Com a morte de seu Mestre em 1943 e a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, em 1945, a situação tomou-se insustentável naquele pais e Yoshida resolveu retornar á Coréia, voltando a ser Yong Sool Choi, após mais de 30 anos de treinamento, Choi decide retornar a sua pátria levando em sua bagagem todo seu aprendizado.

De alguma maneira, durante a viagem, Choi perdeu uma parte da sua bagagem, que infelizmente continha seu dinheiro e os certificados de seu treinamento com Takeda Sensei. Por causa da falta de dinheiro, Choi decidiu ficar em Tae Gu ao invés de ir para Chung Buk. Tentou ensinar a arte que havia aprendido mas, alguns historiadores afirmam que ele cobrava muito caro por suas aulas e não conseguiu um lugar para ministra-las. Após um ano de trabalho como vendedor de pão na rua, choi conseguiu economizar o suficiente para começar a criar porcos. Para alimentar os porcos, todas as manhãs ele ia para Suh Brewery Company para obter a comida grátis.

Em 1947, Bok Sub Suh, que era faixa preta em Yudo e o presidente da Suh Brewery Company, assistiu uma briga de sua janela do escritório, onde ele assistiu abismado como um homem se defendeu de vários atacantes, com um pequeno esforço. Ele ficou muito impressionado e curioso sobre o que ele observara e pediu ao balconista pra trazer aquele homem para o seu escritório. O homem se apresentou como Yong-Sool Choi. Suh perguntou a Choi que tipo de arte marcial ele praticava. Sem responder exatamente a pergunta, ele pediu a Suh que o segurasse pela Lapela. Choi o imobilizou duas vezes. Suh então pediu a Choi para ensina-lo, prometendo mais comida grátis, como também pagaria pelas aulas. Quando Choi concordou, Suh preparou um dojang na cervejaria onde Choi então teve a oportunidade de ensinar o que ele havia estudado no Japão. Durante os próximos anos, Choi se estabeleceria como um excelente e respeitado instrutor de arte marcial.

Seu modo de ensinar era muito rigoroso, chegando a chicotear seus alunos quando não atingiam os resultados previstos. Apesar disso, os poucos alunos que teve mantiveram seus laços por muito tempo e sempre se orgulharam de terem sido seus estudantes. Ele chamou sua arte de Yoo Sool. Algumas alterações foram feitas, mas na maior parte ele estava ensinando o que ele havia aprendido com Takeda Sensei. Porém ele começou a acrescentar técnicas incluindo alguns chutes e técnicas com armas.

Em 1954, Bok-Sub Suh se envolveu em um incidente onde ele defendeu seu pai, Dong-Jin Suh. Numa briga com alguns gangsters ele usou os chutes que aprendeu com Yoo-Sool e derrotou-os. Depois de alguma reflexão, Suh decidiu sugerir a Choi que o nome Yoo Sool deveria ser mudado para Yoo Kwon Sool, para representar o fato de que além dos golpes e técnicas de arremesso, eles também empregavam chutes.

Em 1953, após o final da guerra coreana, Choi abriu sua própria escola em sua casa e começou a ensinar outros alunos.

Ji Han Jae

O grão mestre Ji nasceu em Andong, Coréia do Sul, em 1936. Aos três anos de idade, sua família fugiu da Coreia, que havia sido ocupada pelo Japão, e foram para a China. Após a guerra, a família de Ji retornou a Coréia em 1949. Ele começou seus treinamentos em Yoo Sool com Choi em 1949 com a idade de 13 anos. Ele treinou em tempo integral com Choi até 1956 quando se mudou para sua cidade natal. Andong, de Seul. Quando Ji completou dezoito anos, começou a treinar com um homem que ele refere-se como Taoist Lee. Taoist Lee, treinou Han-Jae Ji principalmente em vários métodos de meditação, e no uso do Jang-Bong (bastão longo), o Dan-Bong (bastão curto), e em chute coreano Tae Kyon. Durante o mesmo período, uma senhora monge apresentada a Ji apenas como “Vovó” ensinou-o poderes espirituais durante quase cinco anos.

Em Andong, Han-Jae Ji, então um 3º Grau, abriu seu primeiro dojang que ele chamou de Na Moo Kwan e começou a ensinar Yoo Kwon Sool. Após aproximadamente nove anos em Andong, Ji decidiu se mudar para Seul em setembro de 1957. Ele ficou em uma casa de tábuas em Whang Shim Ri. O filho do dono da casa de tábuas, Duk-Kyu Hwang, se tornou seu primeiro discípulo no seu novo dojang, chamado Sung Moo Kwan.

Ji abriu também outro dojang pequeno onde teve apenas alguns alunos. Esses alunos eram pricipalmente da Universidade de Han Yang. Eventualmente, as habilidades de métodos de meditação, as técnicas de chute Tae Kyon e as técnicas com armas aprendidas com Taoist Lee, junto com os treinamentos espirituais que ele aprendeu da “Vovó” para formular seu próprio estilo de arte marcial para o qual ele escolheu o nome de “HAPKIDO”. Ele tinha pensado originalmente em nomeá-lo de “Hapki-Yoo-Kwon-Sool”, mas decidiu mudar porque o nome era muito grande. Ele pensou em outras artes marciais que tinha ouvido falar, como Tae Kwon Do, Kong Sôo Do, Sôo Bak Do, etc., quando a palavra “Do” começou a ser usada no lugar de Sool. Ele gostou desta idéia porque a palavra “Do” significa um caminho a seguir, ou um modo de vida, ao invés de simplesmente “técnica” como “Sool” insinua. O nome Hapkido foi escolhido em 1959, e foi desde então usado. A palavra em si pode ser traduzida como o “modo do poder coordenado”. Onde “Hap” pretende unificar ou coordenar, “Ki” significa mental e/ou energia física, e “Do” significa modo de vida, ou o “caminho” ou “meio” de coordenar sua energia mental e física em uma entidade.

Durante uma conversa com o (Grandmaster) Han-Jae Ji, em seu apartamento após o primeiro dia de um seminário, foi relacionado que após ele escolher o nome Hapkido para representar sua arte, ele deu este nome para seu mestre, Yong-Sool Choi para usar, por respeito. Choi ensinou com o nome de Hapkido até sua morte em 1986, embora ele não ensinasse o currículo completo, omitindo a maioria das técnicas de chute, e várias técnicas com armas.

Em maio de 1961, o governante da Coréia foi subvertido pelo General Chung Hee Park (1917-1979), uma ação que no final das contas resultou em sua eleição para presidente. Em 1962, Ji mudou-se para Kwan Chul Dong, em um espaço atrás da loja de departamentos Hwa Shin. Neste tempo, ele tinha construído a escola Sung Moo Kwan e era financeiramente forte. Com a assistência do Major Dong-Nan Lee, Ji então recebeu um cargo do governo para ensinar Hapkido pra a força de segurança presidencial (uma posição que ele segurou até a morte de Park em 1979). Durante este tempo, ele mudou sua escola para Suh Dae Moon, que ele achava que lhe daria maior exposição pública.

Em 1960, Cung-Hae Park impôs restrições de importações de bens Japoneses para a Coréia, depois de que Ji foi encontrado com um livro de Aikido Japonês. Ji viu que os caracteres Japoneses para Aikido eram os mesmos para Hapkido. Desencorajado por uma arte japonesa ter o “mesmo nome”que Hapkido, ele decidiu tirar o “Hap” do nome, chamando simplesmente sua arte de “Kido”.

Em 2 de setembro de 1963, o governo coreano finalmente concede uma Escritura para o ministro da Educação para a Associação Coreana de Kido. Ele concedia o direito para supervisionar e regular os padrões de ensino como também exigências de promoção de faixas Pretas em trinta e uma artes marciais coreanas diferentes. O primeiro “chariman” da Associação Coreana de Kido foi Yong-Sool Choi. A Associação tentou promover artes marciais aos estudantes da escola pública, oficiais de polícia e para funcionários militares.

Em 1965, Han-Jae Ji deixa a ACK e funda a Associação Coréia de Hapkido. Houve várias razões para isso. Primeiro, a ACK designou Jung-Yoon Kim como secretário geral. Kim, que era um universitário graduado, dominou as políticas da Associação e Ji não gostou dessa situação. Segundo os estudantes que treinaram em Sung Moo Kwan com o nome Hapkido, não gostaram do novo termo “Kido”. Eles continuaram chamando sua arte marcial de Hapkido e continuaram ensinando da maneira que eles aprenderam. Os estudantes não se importavam que uma arte japonesa tivesse o mesmo nome. E por último, Han-Jae Ji foi designado instrutor-chefe para a força de segurança do presidente e tinha se tornado uma pessoa poderosa. Este poder traduzi-se na habilidade para operar sua própria organização sem a ajuda de outros que estavam sendo menos éticos em sua vivência como praticantes de artes marciais.

Três organizações de Hapkido começaram a emergir durante os próximos anos. Isso incluiu a Associação Coréia de Hapkido (fundada em 1965 por Han-Jae Ji), a Associação Coréia de Hapki(fundada em 1969 por Jae-Nam Myung), e a Associação Coreana de Hapkido (fundada em 1971 por Moo Woong Kim). Eventualmente, em 1973, se constituiram os líderes dessas organizações e concordaram em unificar suas Associações. A nova associação foi chamada de Dae Han Min Kuk Hapkido Hyub Hwe (Associação da República Coreana de Hapkido).

Em 1984, o Grandmaster Han-Jae Ji mudou-se para os Estados Unidos e fundou o Sin Moo Hapkido. Naquele mesmo ano, o Grandmaster Moo-Woong Kim se demitiu da Associação da República Coreana de Hapkido e fundou a Federação Internacional de Hapki. O Grandmaster Se-Lim Oh se tornou o presidente da Associação da República Coreana de Hapkido, e depois ele a renomeou para Associação Coréia de Hapkido (o nome que Ji havia usado em 60).

Nos EUA, durante o programa de intercâmbio, Jhoon Rhee (mestre de Taekwondo) apresentou Ji a Bruce Lee. No inicio dos anos 70, Mr. Wong, presidente da "Golden Harvest Film Co" (produtora dos filmes de Bruce Lee), contratou o Grão Mestre Jin Han Jae para ser o treinador de artes marciais, conselheiro-supervisor técnico e treinador das estrelas de filmes de artes marciais e ainda trabalhar em alguns filmes como ator. Bruce Lee quis que no filme "Game of Death" (jogo da Morte) o mestre Ji usasse uma faixa dourada enquanto lutava contra Dan Inosato, Kareem Abdul Jabbar e Bruce Lee. A faixa dourada representaria o mais alto grau alcançável nas artes marciais.

Sokaku Takeda

Shinra Saburo Yoshimitsu ancestral de Sokaku foi o fundador do Aiki- Jutsu durante o período Kamakura (1185-1336), e sua família foi a responsável pela preservação e aperfeiçoamento do método de combate criado por ele.

Sokaku Takeda foi o trigésimo segundo sucessor da linhagem do clã dos Takeda, esta família tinha o nome de Yoshimitsu natural da região ao norte do monte Fuji, adotando o nome Takeda quando se transferiu para Aizu. Nasceu em 1859, na cidade de Aizu (terra dos guerreiros mais ferozes do Japão), descendente de uma família de Samurais. Foi ensinado a lutar com as mãos, uma espada e a lança, por seu severo pai, desde cedo.

Ainda quando criança teve oportunidade de conhecer os maiores artistas marciais de sua época, em 1866 houve uma rebelião na clã dos Aizu e vieram especialistas em artes marciais de todo o Japão para treinar guerreiros e enfrentar as forças imperiais. Sua família foi quase toda dizimada e Sokaku só escapou por não ter idade ainda para empunhar uma espada.

Aprendeu o Daito-Ryu Aikijujutsu com o Grande Mestre Tanomo Saigo, que o considerou seu sucessor à frente do Daito-Ryu. Antes considerado uma arte secreta, Mestre Takeda difundiu o Daito-Ryu por todo o Japão, ministrando seminários em diversas localidades. Apesar de sua dedicação ao ensino, ele nunca montou um dojô oficial, preferindo a carreira de Mestre itinerante.

Takeda Sokaku está registrado na história do budô moderno como o transmissor do Daito-ryu Jujutsu. Morreu com 83 anos de idade. Seu filho Tokimune Takeda continua a ensinar o Daito Ryu Aiki-Jutsu hoje conhecido por Daitokan Jutsu.

Takeda era um homem de pequena estatura e que sempre usava o Hakamá, espécie de calça muito larga utilizada nas artes marciais tradicionais japonesas, Mestre Takeda era muito conhecido e temido em sua região. Possuía um misterioso olhar penetrante, acentuado ainda mais com um franzimento da testa e um aperto dos lábios devido à falta dos dentes frontais.

Participou de dezenas de combates contra criminosos e mestres de outras artes marciais que o desafiavam. Sua invencibilidade nutria muitos rancores entre os praticantes da época. Sokaku, no entanto, pagava um preço por sua fama. Era perseguido pelos amigos e parentes das pessoas que matava. Sua vida estava em constante perigo. Quando ele via outro ser humano, via uma ameaça. Após suas armas terem sido tiradas pelas autoridades (ele havia matado alguns operários numa confusão), Sokaku se armou com um leque de aço, e uma bengala com lâmina escondida. Costumava nunca entrar numa casa sem antes chamar, para ser acompanhado ao interior por uma pessoa que conhecia. Não comia nem bebia nada sem outra pessoa antes provar - havia sempre dúvida se estava envenenado ou não. Dormia armado, e trocava sua cama de lugar diversas vezes durante a noite, para enganar um possível atacante.

Takeda Sensei personifica o produto acabado do artista marcial dos tempos antigos, vendo a vida como um campo de batalha, onde um só momento de desleixo podia resultar em morte. Via em cada pessoa um inimigo. Para ele, a sua perícia marcial, obtida com tanto esforço, era um segredo para ser ciumentamente guardado e mostrado apenas àqueles que pagavam bem pelo privilégio.

Mestre Takeda era um Samurai à moda antiga. Dizia: "Um verdadeiro praticante de Budô segue os outros. Andar na frente de alguém equivale a ser morto".

O significado da Águia no Hapkido.

A águia foi associada ao longo da História com o sol, o fogo, o ar, a vida, o céu. Com o advento da cristandade a águia transformou-se uma imagem de profecia e oração. A águia é referida às vezes como o " leão do ar" por ser considerada a ave rei dos pássaros.
Por a águia ser um pássaro bem-sucedido veio representar o sucesso, o poder, o triunfo, os direitos (imperialismo) ou o status social, e a Onisciência. A águia foi usada conseqüentemente como o emblema nacional (de civilizações antigas (por exemplo império romano antigo) e modernas por exemplo de Estados Unidos da América).

O símbolo da águia segurando uma flecha pode ser interpretado com considerações baseadas nas técnicas de Hapkido. Primeiramente a águia circunda em torno de sua rapina antes do ataque. Do mesmo modo o Hapkido e uma arte circular com técnicas de giro. Quando a águia captura sua presa ela faz uso de suas poderosas garras, assim como no Hapkido há muitas técnicas fazem uso da garra tais como torções articulares, projeções, estrangulamentos e etc. outro aspecto importante de ser mencionado é que a águia domina através da pressão exercida através de suas garras cavando elas em sua presa, assim como no Hapkido uma aplicação bem sucedida do ponto da pressão pode igualmente dissuadir seu oponente de todos os pensamentos e intenções de agressão.
A interpretação da flecha é relacionada em níveis diferentes, em uma só garra representa justiça e ou poder (similares a seu uso em formas de governo ou das forças armadas). Entretanto a seta igualmente segura com ambas as garras representa um ataque anulado ou subjugado que um agressor possa iniciar contra você. As garras da águia representam também como rapidamente você pode defender a arma dos atacantes (a flecha), mesmo segurando com tenacidade a águia ainda sim consegue ser suave e alçar vôo. A águia que agarra a flecha representa esta capacidade de defesa rápida, forte, eficaz porem suave do Hapkido.

Origens do motivo da águia em Hapkido.

Talvez mais do que qualquer outro animal, a imagem poderosa da águia como símbolo da natureza, nunca passou despercebido ao ser humano. Desde a antiguidade que a águia é utilizada como representação de força, poder, nobreza, robustez e velocidade: o império romano utilizou a sua figura estilizada nos estandartes das legiões que conquistavam novos domínios; os Kirguiz, povo guerreiro que habita as estepes da Ásia Central, utilizam-na numa forma de cetraria única no Mundo, a caça ao lobo, apesar da evidente diferença de peso existente entre a ave e o mamífero; e mesmo recentemente, a imagem da águia é utilizada como símbolo de clubes desportivos e inúmeras marcas de produtos.

Como foi discutida a águia foi usada ao longo da História por muitas culturas como um símbolo do poder, e por direitos. Historicamente as artes coreanas antigas derivaram várias técnicas da observação de animais diferentes (teriantropia, A simbologia animal está gravada a muito no inconsciente coletivo da humanidade. Nas religiões e antigas culturas existem registros de rituais e simbologias entre o homem e os animais), do tigre (Ho-Soar-EE - 호랑이), e de águia (Duk-Soo-Ri -독수리). O uso da aparência e características animais eram igualmente aparentes nas forças armadas de República da Coréia na guerra de Vietnam (por exemplo, 2a divisão de infantaria (divisão do tigre) de Coréia).

A águia de mar era um pássaro relativamente comum na costa japonêsa de Hokkaido aonde o mestre Takeda Sokaku 武田惣角 (1859-1943) viveu e ansinou Daito-Ryu Aikujujutsu. O Grão Mestre Choi Yong Sul 최용술 - 崔龍述 (1904-1986), estudou Daito-Ryu Aikijujutsu com mestre Takeda (o nível de treinamento é sujeito ao debate), para dar forma à base de Hapkido como se sabe hoje. A escolha da águia de mar no simbolo do hapkido reflete elegantemente as raizes de Hapkido. Aquela é a conexão com o Daito-Ryu AikiJuJitsu e as artes marciais coreanas nativas.

A aguia no hapkido

A representação gráfica do Hapkido é simbolizada com uma águia agarrando uma flecha entre as suas garras, este símbolo foi idealizado e desenhado pelo Dojunim Ji Han Jae nos anos 60.

O Doju-nim Ji Han Jae descreve este símbolo como:

“A Águia é o rei das aves. A águia no Hapkido simboliza o rei das artes marciais.

Uma águia é livre para voar onde quer que seja, por cima baixo, em terra, no mar ...

Voar representa a liberdade, liberdade para ir a qualquer lado e para fazer tudo e algo mais nas artes marciais.

A flecha representa a arma ou um ataque inesperado, a águia agarra o ataque inesperado usando o poder e a velocidade para controlá-lo.”

Curiosidades sobre a aguia:
Na coréia a águia tem o nome de Duk-Soo-Ri –독수리, a águia tem a visão mais aguçada do reino animal, este poder da águia não é bem uma novidade, porque em si tratando de uma criatura Divina, entre todas elas é o animal que tem a melhor visão. Sua capacidade de ver um roedor a quilômetros de distância e se aproximar do mesmo antes que ele perceba o movimentando se pelo ar realmente é de deixar o homem totalmente admirado. A águia é a ave que possui maior longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos.Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos quarenta ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já não é tão fácil! Então a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar cento e cinqüenta dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E após cinco meses depois sai para o vôo de renovação e para viver então mais trinta anos. Em nossa vida, muitas vezes, passamos por um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos que nos causam dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação nos traz.

É uma ave territorial que vive sob a forma de casais monogâmicos, uma vez que a ligação entre o macho e a fêmea pode durar vários anos, sendo quebrada somente com a morte de um deles. Cada casal possui extensos territórios de vários quilômetros quadrados que utilizam para caçar. Cada território possui um número variado de ninhos que o casal ocupa alternadamente todos os anos. Os ninhos de águia são bastante característicos e encontra-se entre os maiores do mundo das aves, uma vez que formam grandes plataformas de ramos e troncos, situados normalmente em paredes rochosas, e que podem atingir mais de 3 metros de altura e possuir um peso de várias dezenas de quilos. A águia, por ser predador do topo da cadeia alimentar, torna-se muito sensível a alterações do meio, principalmente as provocadas pelo homem. Por estes motivos, é uma espécie-chave do ecossistema onde habita, tendo uma grande relevância como espécie-indicadora da qualidade ecológica

Nove regras da SinMoo

Sinmoo Hapkido,desde sua fundação, tem nove regras como um guia para qualidade de vida. Estas regras foram desenvolvidas por Doju Ji, Han-jae como instruções para permitir que seu corpo alcance sua capacidade plena. As regras são divididas em três seções. Três regras tratam o corpo físico, três tratam a mente psique, e três centram-se sobre a alma o espiritual. Estas regras são projetadas ajudar cada um destas partes para que se alcance sua capacidade plena.

O corpo fisico:

Hoje em dia a riqueza do mundo é medida nas posses, no acumulo finaceiro, nos bens materiais, no ouro, e nos estoques. Todos são estes são superficiais e pode ser levada embora em uma pulsação do coração. A riqueza verdadeira vem da saúde e a primeira parte da saúde é o corpo físico. Se você trabalha para manter um corpo saudável você poderá sempre trabalhar para alcançar aquelas coisas que você precisa a fim sobreviver.

1-Não coma os alimentos que inibem o desenvolvimento pleno do seu KI 기( 氣 ).

1- Carne de porco afeta coração prefira carne de soja.
2- Aves domésticas afetam os pulmões prefira pato.
3- Peixes sem escama afetam o fígado prefira com escama ou moluscos.
4- Sal em excesso afetas os rins.
5- Comidas com pimenta demasiada (capsaicina) afetam o estomago.
6- bebidas alcoólicas afetam o cérebro.

2-O sexo saudável rejuvenesce e recupera a energia do homem e realça a energia da mulher.

3-A meditação benéfica é respiração controlada.
A mente:

Há três fontes principais de dano: venenos ou toxinas, forças ou traumatismo externo, e a mente. Por muito, a mente pode ser a mais prejudicial. Uma mente fraca abandona o controle do corpo e conduzi-lo aos acidentes. Quando a mente é fraca, o corpo é fraco. Os tempos de reação são mais lentos, a coordenação é comprometida, e a possibilidade para percalços é aumentada dràsticamente. As emoções são as fontes de força da mente e a sua fraqueza e é a nossa resposta às emoções e aos eventos que determinam nosso controle. Por que tempo e energia são desperdiçados em emoções destrutivas?
A raiva, o sofrimento, e a avidez são as emoções destrutivas que esgotam suas energias.

4- A raiva sobrecarrega seu coração.
5- O sofrimento debilita sua mente.
6- A avidez suprime seu desenvolvimento espiritual.

A alma espiritual:

De acordo com Dojunim, há três coisas que Deus nos deu gratuitamente . São água, ar, e luz do sol. A maioria dos lugares de culto contém bacias de água, incenso para representar e sentir o ar, e velas para a luz no lugar da luz do sol. Estes três elementos são essenciais para a sobrevivência e usados para reforçar e carregar o espírito. O espírito é universal e intemporal e conseqüentemente não é confinado a esta vida. Se o espírito é forte, é protetor e cancela o trajeto. Se o espírito é fraco, a mente e o corpo não podem alcançar sua capacidade plena, e os problemas aparecerão sem dúvida.
O uso regular e correto da água, do ar, e da luz do sol rejuvenesce o espírito.

7- Os líquidos demasiado quentes ou frios em contacto com seus molares impedem a produção de KI 기( 氣 ).

8- Respirar corretamente, de modo que o ar seja nem demasiado frio nem se aqueça demais, permite que seja filtrado corretamente e fornece seu corpo o oxigênio máximo.
9- A luz do sol em sua parte traseira energiza seu espírito, mas o sol em sua parte dianteira sua força (음양 Eum Yang 陰阳).

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